A PLURALIDADE DOS MUNDOS

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A vastidão do Universo ainda é um dos grandes mistérios da vida. Pouco se conhece sobre a existência de outros mundos, mas muito se pode imaginar, por exemplo, ao observarmos o céu em uma maravilhosa noite estrelada.

Jesus, em sua vinda à Terra, disse: “Na casa de meu Pai, há muitas moradas.” (João, 14:2). Palavras que, posteriormente, foram interpretadas por Kardec, no Evangelho segundo o Espiritismo: “A casa do Pai, o Universo e as diferentes moradas, os mundos que circulam no espaço infinito [...]”. (cap. 3, item 2)

                Desde então, com os avanços do intelecto do homem, estudiosos confirmaram que nossa Terra está longe de ser o centro dos mundos e nosso sol não é, senão, um entre os bilhões que brilham pelo espaço. Assim, nos leva a pensar que Deus, em sua magnitude, tendo arquitetado um mundo com, literalmente, progressivos 7,6 bilhões de seres humanos, ao não dividir a vida, seja ela física ou espiritual, pelas tantas outras galáxias, seria no mínimo egoísta e minimalista. Pensamentos um tanto quanto destoantes quando tomamos por base ideias daquele que criou o Universo.

                Kardec afirma, no Livro dos Espíritos (p. 47, item 55), que todos os globos que circulam são habitados e que nós, humanos, seres repletos de orgulho e vaidade e com ínfimo conhecimento sobre as Leis Divinas, nos julgamos os protagonistas de toda a obra.

                Nosso mundo apresenta-se dividido, “coincidentemente”, em sete continentes e cada um deles possui características tão distintas como: a mais repleta biodiversidade, representada por nossa fauna e flora, com suas características e adaptações específicas ou, também, as inúmeras civilizações que habitam/habitaram este plano ou, até mesmo, aqueles que são a vida além da matéria, representados pelas falanges espirituais que se apresentam aqui na Terra. Podemos imaginar, então, que a vida também se propaga desta maneira pelos vários outros mundos que desconhecemos.

Quando diz sobre “as muitas moradas”, os ensinamentos da Doutrina Espírita orientam que os mundos estão em diferentes graus de evolução, assim como aqueles que os habitam, estando alguns nas mesmas condições que a Terra ou, às vezes, até mais atrasados. Os mundos são classificados da seguinte forma, no capítulo 3, item 4, do Evangelho segundo o Espiritismo:

Primitivos: são aqueles destinados às primeiras encarnações da alma, onde se limitam à luta pela subsistência até a evolução da espécie;

Expiações e Provas: são os destinados à encarnação de Espíritos em início de evolução, onde as qualidades inatas são provas de espíritos já vividos e que realizaram um pequeno progresso, mas com acentuadas imperfeições, caracterizadas nos vícios a que se inclinam. Caracteriza o mundo em que estamos hoje e que é conhecido como a escola da vida;

Regeneração: são destinados aos espíritos em refazimento, onde predominam a força do direito, em vez do direito da força, as ações em prol do progresso espiritual e, progressivamente, o desapego da matéria. Servem como transição entre os de expiação e os mundos felizes;

Felizes ou Ditosos: são destinados aos Espíritos já regenerados, depurados de todas as más tendências, onde o bem se sobrepõe ao mal e se instaura no espírito para dar início ao período de semifluidez, que resulta na desmaterialização do corpo denso.

Celestes ou Divinos: são destinados aos Espíritos puros, onde gozam de ampla liberdade: são sábios e amorosos ao extremo; têm da justiça perfeito senso e já perderam o contato com os planos inferiores, dos quais estão muito afastados.

Dessa forma, qual seria então o questionamento que deveríamos fazer? Como alcançar tais mundos? Como atingir a consciência do caminho a ser seguido? Como atingir tal evolução?

O Livro dos Espíritos vem, mais uma vez, elucidar nossas almas quando diz: “O Espírito prova sua elevação quando todos os atos de sua vida corporal são a prática da lei de Deus. (...) O verdadeiro homem de bem é aquele que pratica a lei da justiça, de amor e de caridade na sua maior pureza.”. (L.E., p. 285, item 918)

Jesus, o maior professor que já pisou neste mundo, assim como gosta de frisar Pai Leopold, em verdade nos disse: “Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo.” (Mateus 22:34-39). Esse ensinamento justifica a ideia de que, por mais que sejamos espíritos plurais, espalhados entre centenas de milhares de mundos, a consciência dessa pluralidade é o que nos motiva na busca do aprimoramento do ser, seja matéria ou espírito.

Por fim, hoje, na Terra, representamos os espíritos encarnados em busca da regeneração. Somos todos filhos do Criador, irmãos de fé e soldados na mesma luta: a de sermos e fazermos O BEM, o qual se tornará a chave mestra para as portas da evolução, e O AMOR deve ser a bússola que ditará o caminho para o mundo novo. Caminhemos juntos, Irmãos!

Meu fraterno abraço a todos, neste mundo e nos próximos. Luz e Paz!

 

https://www.youtube.com/watch?v=kixYoZXu2xY

 

Fontes:

Mateus – Novo Testamento, Bíblia Sagrada.

Kardec, Allan – Evangelho segundo o Espiritismo.

Kardec, Allan – Livro dos Espíritos.

Kardec, Allan – Livro dos Médiuns.

Calligaris, Rodolfo - Páginas (16 a 19) de Espiritismo Cristão.

Seara do Mestre - https://www.searadomestre.com.br/evangelizacao/pluralidade22.htm

Pluralidade dos Mundos - http://umbandaluzeamor.blogspot.com/2011/08/pluralidade-dos-mundos.html

Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita - Programa II: Princípios Básicos da Doutrina Espírita

http://www.oconsolador.com.br/27/esde.html

FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA - Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita - Livro III - Ensinos e Parábolas de Jesus – Parte 2 / Módulo II – Ensinos Diretos de Jesus