ALIMENTAÇÃO E VIDA MEDIÚNICA

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Assim como já descrito algumas vezes em outras edições do nosso jornal, médium é todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos espíritos (Cap. XIV – Dos médiuns, em Livro dos médiuns, de Allan Kardec). Já a mediunidade é o nome atribuído a uma condição humana que possibilita a comunicação entre encarnados e desencarnados, dessa forma, sendo uma faculdade dos médiuns.

O médium deve sempre buscar uma conexão cada vez melhor com a espiritualidade. Preparar-se,  dedicar-se, aperfeiçoar-se, crescendo espiritualmente, mudando hábitos e aumentando seu conhecimento, de modo a favorecer e melhorar, como ferramenta que é, toda mensagem que os espíritos desejam trazer.

Para desempenhar o seu papel mediúnico, é preciso sempre buscar o equilíbrio e a conexão com uma sintonia serena e adequada à realização do trabalho. Uma das formas para que essa conexão aconteça da melhor maneira possível é por meio da alimentação.

Assim como a cromoterapia (tratamentos através das cores) e a aromaterapia (tratamento através dos cheiros), a alimentação também é uma maneira direta de tratamento (por meio do alimento, para as nossas células, órgãos e tecidos). Muito além de sermos o que comemos, somos o que digerimos e absorvemos.

No que diz respeito à mediunidade, de acordo com o livro “Viver é para sempre”, de Carlos A. Baccelli e Paulino Garcia, o indivíduo que come demais prejudica a memória. E isso se deve ao fato de que tudo em excesso vira toxina, que, uma vez liberada no organismo, prejudica o funcionamento do nosso corpo, da nossa mente, além do bom desenvolvimento da mediunidade. Em um ponto desse mesmo livro, os espíritos que ali relatam as situações chegam a destacar que nós, encarnados, quando realizamos um consumo exagerado de alimentos, nos tornamos um “prato cheio” para espíritos obsessores, pois ficamos mais vulneráveis às vampirizações.

Somos médiuns 24 horas por dia, todos os dias da semana, e a manutenção de uma boa alimentação, além de gerar saúde e qualidade de vida, facilita consideravelmente a nossa prática mediúnica. Claro que isso leva em conta a individualidade, rotina, alergias, intolerâncias e preferências alimentares de cada um, mas, de modo geral, pelo menos nos dias de trabalho mediúnico, é interessante evitar o consumo de alimentos de difícil digestão e formadores de toxinas, tais como: carne, café, chocolate, frituras e alimentos gordurosos.

A questão 722 do livro dos espíritos aborda o seguinte: “a abstenção de certos alimentos, prescrita entre diversos povos, é fundada de razão?” A resposta: “tudo aquilo com o qual o homem pode se nutrir, sem prejuízo de sua saúde, é permitido. Mas os legisladores puderam interditar certos alimentos com um fim útil e, para dar mais crédito às suas leis, eles as apresentaram como vindas de Deus.”

A alimentação do médium é indispensável e, desde que coma sem excessos e respeitando suas particularidades, nada lhe fará mal. O equilíbrio e a moderação são como bênçãos de Deus em tudo o que existe. A alimentação deve obedecer ao bom senso, pois a gula retarda a inteligência, enfraquece os sentimentos e, na alimentação da alma, os resultados são os mesmos.

Desse modo, nós sabemos da existência do livre arbítrio e cada um sabe os alimentos que fazem bem ou mal para o corpo, para o rendimento ao longo do dia e consequentemente para o trabalho com a espiritualidade. Assim, se sabemos de alguns alimentos que prejudicam, de um modo geral, a nossa digestão, é melhor evitá-los, fazendo com que as conexões fluam de forma completa e leve.  

“Que seu remédio seja seu alimento, e que seu alimento seja seu remédio”.

 

Hipócrates

Médium Érika Guedes Freire

 

Nutricionista - CRN nº 9007.