NANÃ BURUQUÊ O AMOR QUE NOS IMPELE À EVOLUÇÃO

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Sentir Nanã é ter a certeza de que nunca estaremos desamparados e que existe um amor puro, incondicional, verdadeiro, sem julgamentos e extremamente forte que está ao nosso redor e, principalmente, dentro de nós. É um cuidado atemporal, que nos acompanha desde antes do nosso nascimento até muito depois do nosso desencarne. É Nanã Buruquê, a nossa avó ancestral que está sempre disposta a nos oferecer colo e carinho. É ela que, enquanto nos embala com sua doce e sutil energia, transmuta as nossas dores e nos deixa mais leves, seguros e confiantes em nossa capacidade de vencer as dificuldades.

Nanã é a força ancestral que inspira calma, ponderação e sabedoria para todos os indivíduos trilharem seus caminhos. Por isso, costuma-se dizer que Nanã, no polo feminino, rege a linha da Evolução e, nesse sentido, atua diluindo os desequilíbrios emocionais que nos impedem de evoluir de forma natural. Essa é a cura proporcionada por este orixá: um processo lento, às vezes doloroso, mas certeiro, cujo desfecho é de maturidade, paz e harmonia.

Não é por coincidência que o nosso terreiro é dirigido por um Preto-velho (Pai Leopold) e que tem como patrono espiritual deste educandário de almas, o Vovô Elvírio. Os vovôs, de maneira geral, têm muito a nos ensinar, pois já percorreram as estradas pelas quais passamos hoje. Eles são muito receptivos e estão sempre prontos para acolher os indivíduos indistintamente. Percebemos isso no ACVE, cujo número de filhos na corrente, atualmente, já é superior a 300.

Sua cor é a violeta, que está relacionada à capacidade de transmutação de tudo, em nós e à nossa volta, que não seja paz, amor e harmonia. Ela pode ser utilizada como exercício de visualização diário para nos reequilibrarmos, pois atua como fogo purificador, ou seja, dilui as energias deletérias. (1)

Os pontos de força correspondentes a Nanã na natureza são os lamaçais, os pântanos e as águas profundas. Sempre formados pela mistura de água e terra, elementos ricos em vida, essenciais à nossa sobrevivência.

Seu dia é o 26 de julho, por conta do sincretismo com Nossa Senhora Sant’Ana, a grande matriarca da sagrada família, avó do Cristo Jesus. Esta santa era estéril (não podia engravidar), mas, por milagre divino, um anjo anunciou que suas preces haviam sido atendidas e, assim, Ana e Joaquim tiveram Maria, “a virgem pura, concebida sem pecado” (2).

Que Deus abençoe o amor que Nanã nos transmite e que nós, filhos de fé, tenhamos sabedoria e humildade para receber essa linda e suave energia. Saluba, Nanã!

Médium Luiza Leite.

1) Disponível em: http://www.eusouluz.iet.pro.br/chamavioleta.htm. Último acesso em 20 de julho de 2016.

2) Disponível em: http://www.cruzterrasanta.com.br/historia-de-santa-ana/61/102/#c. Último aceso em 18 de julho de 2016.