ADOREI AS ALMAS!!!

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“Vovó, me ensina a ser melhor. Vovó, tira do meu peito o nó. Desses percalços da vida, nesta tarefa assumida... Seja sempre o meu farol.”

Em navios negreiros, eles chegaram ao Brasil... Essa história de sofrimento e dor nós revivemos mentalmente, como se fôssemos um deles, todas as vezes que lemos sobre a caminhada evolutiva dos negros africanos neste país. E isso nos remete à afirmação do Espírito Verdade que disse, por meio de Kardec: “a Terra é um mundo de provas e expiações”.

Como verdadeiros guerreiros, eles suportaram e venceram os castigos físicos e morais aos quais foram subjugados, avançando na seara do Cristo.  Atualmente, esses espíritos que tiveram suas almas marcadas se sublimaram e vêm à Terra na roupagem dos nossos queridos e humildes Pretos-velhos, trabalhadores de umbanda e grandes magos do bem. 

Nas adversidades que tiveram quando encarnados, desenvolveram a sabedoria necessária para hoje serem guias espirituais. Tiveram o “couro” da alma engrossado pelas chicotadas morais que a vida lhes impôs. E em suas consultas, nos mostram como devemos nos erguer com humildade e persistência a cada açoitada que recebemos.

No plano espiritual, depuraram seus corpos astrais e nos passam o sermão de como vencer nosso orgulho e preconceito. Nos tornamos nossos próprios capatazes e daqueles que nos são mais próximos, nos aprisionando em celas mentais cuja chave, essas entidades nos mostram, está em nós mesmos.

Em seus longos dias de trabalho árduo terreno, desenvolveram a paciência para lidar com um dia a dia muito exigente. E agora nos ensinam a resignação para aceitarmos a nossa labuta.

E quando a luta parecia perdida, eles rezavam e pediam aos grandes Orixás as bênçãos necessárias para suportar as mazelas. Assim, se tornaram nossos professores em matéria de desenvolvimento e manutenção da fé. 

Se, com o trabalho pesado, se tornaram fortes fisicamente, mais fortes ainda se tornaram mentalmente, fortificando o pensamento positivo para as batalhas que devemos enfrentar. E, com todo o amor que desenvolveram pela vida, nos mostram que se nos libertamos das cordas do medo, do orgulho e da vaidade, desenvolvemos o amor próprio sadio e naturalmente esse sentimento se expande, alcançando os que estão à nossa volta.

As vicissitudes tornaram nossos amigos Pretos-velhos exímios conselheiros e com um colo tão aconchegante que muitas vezes nos esquecemos que eles já tiveram os momentos no tronco. Mas nem por isso os ouvimos lamentando as vidas passadas e os obstáculos que enfrentaram, pois conseguem enxergar e nos transmitir que as dores são apenas resgates que nos enobrecem. Como são provas passageiras, as palavras de otimismo e coragem são o combustível que usam para nos desamarrarem dos pensamentos nocivos.

Como não simpatizar com um Preto-velho? Como não se sentir acolhido e protegido nos afagos dessas entidades? Como não saborear o gosto do café que o Pai-velho nos oferece para nos adoçar o coração e a vida? Como não se aquecer e, também, despir a alma após uma baforada do seu cachimbo acalentador? 

E como verdadeiros magos manipulam a matéria (ervas, café, água, vela/fogo, cachimbo, cajado) para desfazer as densidades energéticas que nos rondam ou se encontram empregadas em nós e também para criar uma aura que favoreça nossas atitudes e emoções mais equilibradas e positivas.

E é por nos afinizarmos tanto com essas entidades que nos doam o seu melhor, que hoje as saudamos e, em vez de pedir, agradecemos pela benevolência de nos guiarem em seus navios astrais. As almas adorei!

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