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Quando visitamos um lugar diferente pela primeira vez, ficamos olhando, desconfiados, tentando decifrar tudo aquilo que nos rodeia. Em templos religiosos, não é diferente, ainda mais em um terreiro de Umbanda, onde tudo é místico e novo. Esses “mistérios” começam na porta. Afinal de contas, por que sempre há pessoas, no portão, já vestidas com a roupa da gira mesmo antes de começar o trabalho? Quais são suas funções?

Eles recebem o nome de Eledás e são responsáveis pela guarda, são os vigias do terreiro. Mas como é isso? São responsáveis por “filtrar” as pessoas que por ali passam: se são consulentes interessados em participar da gira, se estão com alguma atitude suspeita, ou se são apenas curiosos. Devem estar sempre atentos a todos que ali transitam e às dependências externas do terreiro. Têm sua própria firmeza e fazem uso do charuto para fazer a primeira transmutação de energias de todos que entram.  Constituem a guarda física do terreiro. Como são as primeiras pessoas à vista de quem entra, ficam também responsáveis por tirar dúvidas a respeito do trabalho realizado no terreiro, indicam onde devem pegar fichas para o atendimento com as entidades, os horários das atividades, etc.

São os responsáveis por toda a parte externa do terreiro até a tronqueira. São os olhos e ouvidos do nosso Pai de Santo, a quem reportam tudo o que acontece, sempre de forma discreta e educada. São de extrema importância para o terreiro e exercem função de confiança. Usam a Espada de Ogum em referência ao Orixá Regente de nossa casa, símbolo de proteção, guarda, observação e vigilância.

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