CURIMBA E SUA IMPORTÂNCIA NO TERREIRO

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A curimba é o grupo musical que toca os instrumentos e canta os pontos de força de cada firmeza, entidade e Orixá.

A curimba, ao cantar os pontos e fazer os atabaques ecoarem seus sons, emite a vibração sonora como campo de força magnética, que reverbera na atmosfera do terreiro, fazendo dissipar energias negativas, miasmas, larvas espirituais, promovendo uma limpeza espiritual e ajudando na concentração dos médiuns, facilitando o transe mediúnico.

Em nossa casa ACVE, a curimba é composta por homens e mulheres. Geralmente, em culturas de origem afro, não é permitido a mulheres se tornarem curimbeiras, atabaqueiras, ogãs, mas na umbanda é permitido.

Na curimba há vários instrumentos, mas os principais são os atabaques RUM, RUMPI E LÉ, que emitem os sons: grave, médio e agudo, respectivamente. E, assentados, temos os atabaques do Caboclo Pé Ligeiro, do Exu Mangueira e da Pombagira Dama da Noite, entidades que trabalham com o nosso pai de santo Pedro Lettieri. Eles ajudam a sustentar o trabalho mediúnico.

Sempre ouvimos a frase: “QUEM CANTA REZA DUAS VEZES”. E podemos afirmar que a curimba passa essa força e sustentação para toda a casa, a curimba é uma linha de frente responsável pela magnetização do ambiente, promovendo a força dos trabalhos e, pelo fato de emitir sons dos instrumentos sagrados, desempenha um trabalho mediúnico que é fantástico, pois, nas vibrações emitidas, acontecem desobsessões, limpeza do ambiente e funciona também como um passe em todos ali presentes no ambiente.

Quem nunca se emocionou, ou sentiu arrepios, ou até mesmo sentiu sua alma vibrar ao som dos atabaques e dos pontos cantados? Creio que todos sentem essa energia maravilhosa que brota da curimba, que sai dos atabaques, ressoando em nosso corpo, inundando nossa mente e vibrando em nossa alma.

A curimba não é um conjunto musical de animação, ela é a alma do terreiro, escudo e transmutadora de energias. Os ogãs não são artistas, são guerreiros vestidos com a couraça de batalha, a qual exige força, concentração e muita doação de energia, um trabalho de amor e de caridade. Responsáveis pela harmonização de um ambiente mediúnico, onde a espiritualidade vem trabalhar no amor, a serviço da caridade, de forma que todos nós ajudamos e somos ajudados.

 

Viva a curimba, viva os ogãs, viva a vida!

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