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A obsessão é a influência negativa de espíritos sobre outros espíritos, encarnados ou não. Ela acontece a todo o momento, com todas as pessoas, em diferentes graus. Ser obsediado não significa ser uma má pessoa, nem que há uma penitência necessária a ser cumprida.

Pedro sofreu a influência relatada na Bíblia: “Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens” (Mateus, 16:23).

Divaldo Franco sofreu por muitos anos a influência de seu obsessor maior, o Máscara de Ferro. Grandes líderes, políticos, religiosos sofrem obsessão, em razão da responsabilidade de seus trabalhos na colaboração para a fortificação da seara do Cristo.

Já disse Allan Kardec no Livro dos Espíritos: “Em geral, são os espíritos que nos dirigem”.  A influência espiritual se dá entre mundos e é mais comum do que podemos imaginar.

Ser obsediado é um processo natural, haja vista o estado evolutivo em que nos encontramos, para cumprimento do nosso carma.

A obsessão se dá por um processo que começa com a sintonia energética pelo pensamento, conhecida como indução espiritual. É uma ressonância vibratória, que responde às leis da física (magnetismo). Em seguida a esse processo, há a obsessão propriamente dita, que pode ser simples ou complexa, feita por apenas um espírito ou por vários. Seguem-se a fascinação, subjugação, magia negra (ciência astral inferior), possessão, parasitismo e vampirismo, em uma sequência crescente de complexidade.  

Os espíritos, quando trabalham em conjunto num processo obsessivo, formam o que se conhece por falange, legião ou horda. Não devem ser subestimados, pois se planejam, trabalham em equipe, estudam seus alvos, possuem inúmeros espíritos sob seu comando.

Ainda como tipo de obsessão, existe a auto-obsessão: também conhecida como obsessão recíproca. É o cultivo de pensamentos de baixa vibração, que leva ao autoboicote, à vitimização, à atormentação de si próprio, à manipulação de situações, à dramatização de ocorrências. As pessoas flagelam-se por ciúmes, depressão, orgulho, gerando um clima de constante desequilíbrio energético. Outras consequências são visíveis nesse caso: mediunidade desequilibrada, loucura, depressão, animismo exacerbado, etc.

Vê-se que existe a obsessão de desencarnados a encarnados, de encarnados a desencarnados  e entre encarnados.

Como nos protegermos dessa ação comum e torná-la mais amena?  Ou como tirarmos melhores lições das situações resultantes de obsessão? Um trecho do livro Mediunidade no Terreiro1 nos mostra um meio:

“A causa primária que mantém as comunidades rebeladas no Umbral inferior é a gerada pelos atos insanos dos encarnados da crosta, numa espécie de simbiose, como pâncreas canceroso de um indivíduo que não deixa de beber: de nada adianta extirpar-se o órgão sem alterar o hábito nefasto da ingestão de alcóolicos. Assim, pela Lei de Afinidade, somente mudando as ações dos espíritos encarnados conseguiremos modificar a sintonia dos que vivem em cima com os “mortos” ...”. (grifo nosso).

Outra forma de nos protegermos é observando o ensinamento do “orai e vigiai”, no intuito de não baixarmos nossa vibração energética, a fim de dificultar o acesso do obsessor aos nossos pensamentos. Segundo o espírito Sete Guizos2:

“Ninguém poderá derrubá-lo senão ele mesmo. Ele é Juiz e seu algoz. Enquanto agir na Luz da razão, nada o destruirá, mas, o dia em que afrontar a Lei, ele mesmo se destruirá. Assim é a Lei! Assim sempre será, como sempre tem sido”.

 

1 Obra Mediunidade no Terreiro, escrito por Norberto Peixoto e ditado pelo espírito Ramatis.

 

2 Obra Diálogo com um Executor, escrita por Rubens Saraceni, ditado pelo espírito Sete Guizos.