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Mesmo vivendo de forma doce, não é possível evitar as situações mais salgadas, como as do marujo em alto mar.

Nem o furacão do tempo é capaz de impedir que o amor encontremos, após dores sentir.

É como tesouro enterrado que, com um pouco de incremento, forma vidas, cria lares e concretiza o casamento.

Das profundas emoções surge o mais nobre sentimento ou escondem-se frias lembranças, dos mais tristes momentos.

Da correnteza das derrotas brota nosso amadurecimento. Do vai e vem das vitórias, surgem novos pensamentos.

Que colidem com as pedras criadas pelo ressentimento, que fazem seguir a jangada do nosso desenvolvimento.

E, quando se chega ao litoral, se percebe que é preciso içar velas rumo ao norte e enfrentar o desconhecido.

À deriva o marinho pode sentir-se inseguro, mas não se sabe com qual presente a maré o surpreenderá no futuro.

A vida é imprevisível, como imprevisível é o oceano. O náufrago é que não viu, as oportunidades do cotidiano.

O bote das alegrias navega por águas tranquilas, disponível a quem se afoga, nas mais soturnas agonias.

Basta esticar o braço, seguir o farol da esperança e abandonar os velhos pesos, das inúteis inseguranças.

O covarde não enfrenta a correnteza das andanças porque desconhece o triunfo, escondido entre as ondas.

E quem não quer nadar, por entre águas malquistas, continue a remar, até encontrar terra à vista.

Leve a família na mente e liberte-se dos pesares para receber a proteção da mãe Deusa dos Mares.