Rapé: já vi, já comi, e também vejo cheirar

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O rapé é o resultado da mistura de folhas de tabaco desidratadas e moídas com outros aditivos variados, como cânfora, mentol e essências aromáticas. Seu uso medicinal data de séculos atrás e foi registrado em diversas civilizações tribais antigas ao redor de todo o mundo, inclusive nas tribos indígenas brasileiras. Os caciques brasileiros colocavam o rapé em um instrumento peculiar de aplicação e sopravam a mistura dentro do nariz do enfermo, com o objetivo de curar tanto problemas respiratórios, infecções bacterianas e dores de cabeça quanto perturbações espirituais, visto que, para a cultura indígena, não havia a dissociação entre problemas físicos e espirituais.

Tempos depois, o consumo do rapé foi adotado pela burguesia e alta sociedade europeia, embora sem seu valor sagrado e curativo. A inalação excessiva da mistura pode provocar uma sensação de torpor e relaxamento, então, nas festas promovidas nos castelos, era comum encontrar alguém ostentando uma lata de rapé para consumo dos convidados. Assim, o rapé era utilizado como forma de diversão e era motivo de risadas entre os convidados, promovendo a socialização. 

Porém, vale lembrar que o consumo exagerado pode causar adversidades, pois muitos rapés possuem componentes que podem causar os mesmos efeitos colaterais que o cigarro comum, além de dependência. Hoje em dia, podemos encontrar vários tipos de rapés nas lojas especializadas em artigos de tabacaria. Além disso, é possível personalizar o seu rapé, manipulando alguma erva ou em farmácias especializadas. Em todo caso, o único uso seguro ocorre em pequenas quantidades, esporadicamente e com objetivos curativos. Hoje sabe-se que o consumo do rapé alivia os sintomas de sinusites, rinites, dores de cabeças e, acreditem, enxaquecas. 

Abordando o lado espiritual, e sabendo que o espírito pode atuar sobre a matéria, o rapé, assim como outros elementos, como charutos, ervas, bebidas etc, pode ser imantado pelas entidades e utilizado para um determinado fim benéfico, seja no descarrego ou na afinização com algumas entidades. É comum vermos entidades solicitando que médiuns ou consulentes inalem uma pequena quantidade de rapé. Isso ocorre porque o tabaco possui inúmeras propriedades orgânicas e espirituais, bastando uma mínima quantidade para a realização de diversos tratamentos, descarregos, limpezas energéticas e mudanças de padrões vibratórios.